CARIDADE DO ESQUECIMENTO
Não olvides a caridade do esquecimento de todo mal. Nela reside a força progressiva do bem.
Dissabores revividos são espinhos bem cultivados.
Diariamente, é possível exercê-la, porque o cipoal dos desgostos de toda sorte nasce também de sementes minúsculas.
A benefício da paz, não te fixes nas pequenas desarmonias que te rodeiam.
– Esquece o erro do vizinho.
– O mau temperamento do próximo.
– A irritação do companheiro.
– A ingratidão da parentela.
– A intriga sutil.
– A palavra maldosa.
– A frase contundente.
– A resposta impensada dos outros.
– A saudação não respondida.
– A ilusão dos que te seguem.
– A irreflexão de alguns ou de muitos.
– A ignorância do associado de luta.
– A atitude do irmão, em desacordo com a tua.
– A opinião diferente da que adotas.
– A cicatriz ou a ferida dos semelhantes.
– A infelicidade do companheiro inseguro.
– A observação injuriosa que procura ferir-te a dignidade pessoal.
– A incompreensão do meio a que serves.
– A dificuldade e o obstáculo que se apresentam por abençoadas provas à tua fortaleza moral ou à tua boa vontade.
Lembra-te do auxílio simples do esquecimento da sombra que se interpõe entre o nosso espírito e a realidade.
Abre o coração à luz e adianta-te, olvidando as trevas da jornada. Quem recebe a dádiva da luta na condição de um tesouro por engrandecer e aperfeiçoar, realmente encontrou para a própria felicidade, o verdadeiro caminho do Céu.
Página de Chico Xavier ditada pelo Espírito Emmanuel. Livro: Instrumentos do Tempo. Lição nº 25. Página 109.