Há quem diga que é a voz amorosa e sábia conduzindo-nos ao encontro de nós mesmos.
Outros afirmam que é a Presença Divina brilhando como uma estrela guia na noite escura dos nossos desencontros e incertezas.
Alguns identificam-na como sendo o sentido íntimo, recordando-nos, a todo instante, o significado da vida.
Também algumas tradições pontuam que não temos uma consciência, na verdade, somos uma em evolução, buscando iluminarmo-nos de dentro para fora.
Seja qual for o conceito com o qual nos identifiquemos, acessar o que somos, mergulhar em nossa própria essência, perceber a Presença Divina em cada detalhe que nos constitui, é sentir a nossa natureza mais íntima.
É poder desfazer ilusões e dependências, adentrando o templo interno.
É promover o desapego, libertando-nos do desejo de conduzir e sermos conduzidos, permitindo que a liberdade responsável e amorosa seja a nossa bússola.
É estabelecer relação direta com a Divindade que nos constitui, sem intermediários, respeitando, porém, toda forma de mediação e todo mediador.
Pensando, sentindo e vivendo assim, podemos beber numa fonte de água pura.
Podemos encontrar um oásis interno cheio de belezas no deserto das nossas crises e incompreensões.
Podemos nos abraçar diminuindo carências, despertando um sorriso profundo e grato, cheio de alegria e paz.
Viver consciente e como uma consciência, é romper com o cárcere da culpa, do automatismo, da pressa…
É descobrir que toda a beleza que há em nós pode e deve ser ampliada, sentida e compartilhada quando trilhamos os caminhos do autoamor e da compaixão.
Cezar Braga Said
Referência:
1.BÍBLIA, N. T. Atos dos Apóstolos. Português. O novo testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Campinas: Os Gideões Internacionais no Brasil, 1988. cap. 24, vers. 16.
Artigo publicado no Jornal Mundo Espírita, da FEP – Federação Espírita do Paraná