CREDORES SEMPRE
Pais e Mães – dois vínculos de amor – na experiência terrestre que não se podem esquecer sem perpetrar ingratidão.
São Eles que se esquecem para que os filhos – espíritos reencarnantes no mundo – deles faça berço e ninho, apoio e teto; que se arrancam das gratificações dos sentidos para sacrifício e abnegação, a fim de que os próprios rebentos não sofram carência de proteção notadamente no difícil período de adaptação, a que denominamos “infância”; que formam o lar e sustentam-no por base do aperfeiçoamento e do progresso; que garantem aos filhos a certidão de presença na Terra, doando-lhes o nome e a localização social de que necessitam.
Existem na Terra os que asseguram que a comunhão afetiva entre duas criaturas é incompatível com os serviços de fraternidade e elevação, sem se recordarem de que dispõem de um corpo em favor da própria evolução, à custa de Pai e Mãe que se puseram a servi-los, através da comunhão afetiva, cujo valor pretendem desconhecer.
Que se corrijam as manifestações poligâmicas, em nome do amor, é providência justa; entretanto, condenar a ligação afetiva, entre os seres que sabem honrar os compromissos que assumem e da qual se derivam todas as civilizações existentes no Planeta, seria renegar a fonte da própria vida, que nos empresta a vida na Terra, em nome de Deus.
Pais e Mães, como forem e onde estiverem, são e serão sempre Credores Respeitáveis nos Domínios da Existência, principalmente para quantos se lhes erigem na condição de filhos e descendentes.
Decerto que os filhos nem sempre se harmonizam com os pais nos ideais que abraçam, como também nem sempre os pais se harmonizam com os filhos, nos propósitos a que se afeiçoam, – de vez que no campo da alma cada espírito é um mundo por si -; no entanto, é tão significativa a função dos Progenitores, nas lides terrenas, que a voz do Mundo Maior, ouvida por Moisés, no lançamento das Leis Divinas incluiu, entre os itens mais importantes para a felicidade do homem na Terra, a Legenda Inesquecível – “Honrarás Pai e Mãe”.
Página de Chico Xavier ditada pelo Espírito Emmanuel. Livro: Rumo Certo. Lição nº 25. Página 93.