Allan Kardec nasceu em 03 de outubro de 1804 em Lyon, França, no seio de uma antiga família de magistrados e advogados.
Seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Ele era professor e escreveu vários livros didáticos.
Seu interesse pelos fenômenos começou quando aceitou o convite de um amigo para participar de uma reunião onde as mesas giravam. A princípio Kardec disse ao amigo que aquele fenômeno podia ter explicação natural mas depois que descobriu que as mesas respondiam perguntas disse: “Isto, agora, é outra questão. Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula.”
Em maio de 1855, em casa da Srª Plainemaison, Rivail presenciou, pela primeira vez, o fenômeno das mesas girantes “que giravam, saltavam e corriam, em condições tais que não deixavam lugar a qualquer dúvida.”
Assistiu, também, a ensaios imperfeitos de escrita mediúnica numa ardósia (lousa), com auxílio de uma cestinha. Disse ele: “Entrevi, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, alguma coisa de sério, como a revelação de uma nova lei que tomei a mim estudar a fundo.”
Conheceu a família Baudin, em cuja casa, através da mediunidade das jovens Caroline e Julie, e pelos fenômenos com auxílio da cesta escrevente, pode observar: “Comunicações contínuas e respostas a perguntas formuladas, algumas vezes até a perguntas mentais, que causavam, de modo evidente, a intervenção de uma inteligência estranha.”
À medida que o prof. Rivail coletava os ensinamentos e os organizava de forma didática, foi se evidenciando que constituíam toda uma doutrina. Um conjunto de princípios, harmoniosamente entrosados, revelando as leis divinas (naturais e imutáveis) que regem o Universo e a vida dos seres.
Era a doutrina dos espíritos; eles é que a haviam ditado, o prof. Rivail não a criou e nem a fundou, foi, apenas, o seu Codificador (quem coletou e organizou os ensinos, as leis e os princípios revelados).
Para distingui-la das demais doutrinas espiritualistas, Rivail a denominou Espiritismo e, aos adeptos, chamou de espíritas ou espiritistas.
A fim de não confundirem com suas obras (livros) como pedagogo, publicou-as sob o pseudônimo de Allan Kardec, nome que tivera em uma encarnação anterior, entre os celtas (conforme lhe havia sido revelado). Enfim, convenceu-se da existência dos espíritos e de sua comunicação com os homens.
O Espiritismo é uma doutrina filosófica, de bases científicas e conseqüências morais (ou religiosas).
De 1855 a 1869 consagrou sua existência ao Espiritismo sob a assistência dos Espíritos Superiores estabelecendo as bases da Codificação Espírita em seu tríplice aspecto: Filosófico, Científico e Religioso. Ele iniciou as obras de Codificação em 18 de abril de 1857 quando veio à luz o Livro dos Espíritos, considerado o marco de fundação do Espiritismo.
Em abril de 1858, foi fundada a primeira Sociedade Espírita, Sociedade Pariense de Estudos Espíritas, primeira instituição regularmente constituída com o objetivo de promover estudos que favorecessem o progresso do Espiritismo.
Suas principais obras são: “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno”, “A Gênese”.
‘O Evangelho segundo o Espiritismo’ é considerado a obra da Codificação Espírita em que contém a “explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida”. Além disso, a obra oferece os princípios aos quais norteiam a justiça, a bondade e a misericórdia Divina através da fé raciocinada, da reencarnação, dos fatos da vida presente em relação ao passado e futuro da humanidade.
Com a máxima “fora da caridade não há salvação”, Kardec ressalta a igualdade entre os homens, perante Deus, a tolerância, a liberdade de consciência e a benevolência mútua.
Trabalhador infatigável, desencarnou aos 64 anos de idade, no dia 31 de março de 1869, em Paris, com a ruptura de um aneurisma quando trabalhava numa obra entre a relação do magnetismo e Espiritismo.
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