Desde que o distanciamento social foi adotado como uma das estratégias de enfrentamento à Covid-19, as atividades desenvolvidas nas casas espíritas passaram por adaptações. Esses “novos tempos” trouxeram mais que mudanças de hábitos e comportamentos. A nova realidade trouxe junto a oportunidade de revisão de pensamentos, de posturas diante da vida, afinal, a vida nunca esteve tão frágil. Mas, essa fragilidade transformou-se em força para quem soube expandir os limites físicos.
A maneira de levar a mensagem espírita foi se adaptando ao mundo de hoje. Uma das atividades das casas espíritas são as reuniões mediúnicas que têm por objetivo nos auxiliar e acolher espíritos que necessitam de amparo e comunicação por meio dos médiuns. Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec afirma que “uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe, tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for ”.
Mas como se encontra o trabalho dos Grupos Mediúnicos no atual momento de distanciamento social?
Luciano Pudell Wagner, da SCEE, diz que as casas espíritas nos momentos de pico da pandemia e de acordo com as exigências sanitárias optaram em parar os encontros. “Nós, da SCEE, desde o início continuamos a nos encontrar de forma virtual nos mesmos dias e horários, mas com o compromisso de estudar e debater assuntos mediúnicos. Desta forma, conseguimos manter a união de todos os cinco grupos mediúnicos da casa”. Esta iniciativa, segundo Luciano, trouxe a convicção de reforçar os trabalhos em desdobramento que estavam ocorrendo de forma muito intensa.
“Já estamos nos organizando e aguardando pelo menos a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e em paralelo estamos criando um documento orientador para o retorno das atividades. Iniciaremos pelos grupos mediúnicos, seguindo todas as normas e, principalmente, o bom senso, adotado desde o início da pandemia”, esclarece Luciano.