Cris Comparini Basbaum
Quem nunca, que atire a primeira pedra…
Decisões, as tomamos todo tempo, inclusive dormindo, pois quem descansa é o corpo.
O cérebro físico, embora reponha também energias, está direcionado para questões metabólicas, hormonais, imunológicas e fisiológicas, administrando a máquina que é o nosso corpo físico. Mas o espírito, mesmo enquanto dormimos, continua ativo.
Para onde vamos, com quem e o que fazemos, isso vai de acordo com a nossa frequência vibracional, a psicosfera que construímos, os anseios e pensamentos que elaboramos…
Em tudo isso estão decisões que acarretam consequências.
Alimentar-se? Dirigir com responsabilidade? Ser gentil? Agir com honestidade? Dedicar-se a um estudo, um trabalho? Enfim, são coisas que fazem parte da rotina.
Mas há as decisões difíceis. Os divisores de águas, os dilemas.
Ao invés de temer ou odiar os conflitos, temos que acolhê-los. Conflitos têm origem nas diferenças. Diferenças dificultam escolhas. Escolhas envolvem desapego de uma coisa para selecionar outra… Esse é o dilema!
Dilema, que vem do latim tardio dilemma e este do grego antigo δίλήμμα (dilémma), é uma situação, normalmente problemática, constituída por duas soluções que são contraditórias entre si, mas ambas aceitáveis.
Então, o que fazer?
Uma parte de uma das decisões possíveis não é 100% do modo que gostaríamos e a outra decisão, embora com seu lado favorável ou necessário, também não nos abastece totalmente.
Há o momento de estar com os dois pés no ar enquanto o salto ocorre, mas sem garantias. É preciso crer.
Só sabemos do caminho, depois de o haver trilhado.
Não há como fazer previsões (pré+visão), já saber respostas garantidas, sem olhar pelo retrovisor o que já passou…e não dá para mudar o que já foi feito.
Há só o passo no aqui-agora e as possibilidades no horizonte que se delineiam.
Se consultamos a consciência, se buscamos conhecimento e nos amparamos na fé, isso nos ajuda e muito.
Mas, mais importante que o resultado é o PROCESSO DO APRENDIZADO.
E o resultado “certo” para nós nem sempre é o “certo” de Deus.
Pois então, é preciso o incômodo dilema para que nos questionemos:
Estamos agindo de forma coerente com nossos princípios, com nosso “eu sagrado” que habita no templo imaterial dentro de nós, numa das inúmeras Casas do Pai neste Universo? Onde mora a paz , a alegria e a serenidade que tanto almejamos?
Temos visitado frequentemente Deus dentro de nós? Buscamos estar conectados com Ele?
Decisões, quanto mais as difíceis, tem que ser tomadas no campo íntimo harmonioso, mesmo que tudo “lá fora” seja caos.
Restabeleça, cuide, conserve essa Casa do Pai dentro de si. Onde há sempre acolhimento, misericórdia, paciência e intuições elevadas.
Só assim, retornando com humildade a este lugar de paz, para dentro de si, compreendendo que toda ação tem consequência, que nós e os outros formamos uma estrutura única, que se influencia mutuamente, e abrindo espaço para o novo, é que conseguiremos leveza para a transformação que a decisão nos propicia.
Como já dizia Maquiavel, o conflito, no caso o dilema, é fator necessário para o equilíbrio.
Bom momento de reflexão, paz e luz!
Apoio: Pílulas Inspiradoras- Instituto Namastê – Ricardo Mello 12.04.22