Geraldo Campetti
As principais características deste período de transição são visíveis tanto no plano pessoal quanto no coletivo. A primeira delas é o aumento das crises, sejam emocionais, familiares ou sociais. Muitos enfrentam conflitos internos intensificados, que refletem a necessidade de revisão de valores e comportamentos. No âmbito coletivo, vemos crises políticas, sociais e ambientais indicarem que o velho mundo está em fase de ruptura, preparando o caminho para um novo paradigma de convivência. Esse período é marcado pela aceleração do tempo, não só no sentido material, mas também no espiritual, onde aprendizados e desafios parecem ocorrer de forma mais rápida e intensa.
Outro aspecto essencial é a separação cada vez mais clara entre aqueles que se alinham aos valores de amor, justiça e verdade, e os que ainda resistem à mudança. Essa divisão, conhecida como “separação do joio e do trigo”, não é um julgamento, mas um reflexo natural das escolhas individuais. Cada pessoa, por meio de suas ações e vibrações, atrai experiências que estão em sintonia com seu estado interior. A transição exige de nós discernimento e coragem para escolher o caminho da evolução moral.
Superar os desequilíbrios emocionais e as turbulências internas que surgem nesse processo é um dos maiores desafios. As provas que enfrentamos muitas vezes parecem insuportáveis, levando-nos a duvidar de nossa capacidade de continuar. Entretanto, são justamente essas dificuldades que oferecem as maiores oportunidades de crescimento espiritual. Cada obstáculo superado nos fortalece e nos aproxima de um estado de maior elevação. Nosso papel ativo na transição começa em nosso íntimo, transformando nossos sentimentos e ações.
A construção de um futuro melhor também passa pela prática da empatia e da fraternidade. O espírito de solidariedade é fundamental em tempos de crise, pois é ele que fortalece os laços entre os indivíduos e possibilita a regeneração coletiva. Quem se compromete com a transição deve estar disposto a agir com responsabilidade e a estender a mão ao próximo. Pequenos gestos de bondade e amor ressoam poderosamente em um cenário global de transformação, ajudando a pavimentar o caminho para a renovação.
Embora o mundo pareça, por vezes, mergulhado em violência, egoísmo e intolerância, esses são apenas sintomas de uma fase de purificação. Assim como o organismo precisa eliminar toxinas antes de alcançar a cura, o planeta está expurgando energias que não mais pertencem à nova era. Precisamos manter a fé e a confiança em um futuro promissor. A transição não é um fim, mas um meio para a renovação. Esse momento de grandes mudanças pede perseverança e esperança, pois tudo o que vivemos agora contribui para um bem maior.
O futuro reserva um mundo de regeneração, onde o sofrimento será substituído pela serenidade, e o ódio, pelo amor. Nesse novo tempo, os valores espirituais ocuparão o centro da vida humana, e a convivência entre os povos será pautada pelo respeito mútuo e pela verdadeira fraternidade. O que nos aguarda é uma realidade de luz e paz, onde, juntos, construiremos uma humanidade renovada, pronta para acolher as bênçãos de um planeta regenerado.