Nesse mês de março, dia 4 mais precisamente, completamos quatro anos de um sonho que se tornou realidade. Voluntário de casas espíritas, vamos através das caminhadas, observando e aprendendo de uma forma prática, e em conjunto com o estudo constante da doutrina, tudo de nosso humilde ponto de vista é claro, o que devíamos fazer e o que não deveríamos fazer em uma casa espírita.
Nem sempre passamos bons momentos, mesmo trabalhando por Cristo. Mas isso é e foi de inestimável ajuda para buscarmos ser melhor do que ontem!
Há muitos anos viemos alimentando essa, me permito falar, programação e não mais um sonho. Tudo no universo acaba, podemos dizer assim, conspirando para o que possa ser de melhor para nós e, muitas vezes, também para um grupo ou um coletivo.
Interessante é que quando se tem Fé e lá dentro (posso dizer de nosso espírito), sabemos que tudo está tracejado, basta não sair muito dos trilhos e as coisas acontecem.
No início, nosso planejamento mental, que foi por algum tempo, seria uma pequena sala em qualquer lugar, onde para cada dia da semana aconteceria uma atividade espírita. E logo, uma chave, uma visita veio até nós, oferecendo uma casa que estaria fechada há cinco anos e seria de um simpatizante da doutrina que não mais reside no país. Foi incrível, pois provamos outra lei, que é a do criar mentalmente e atrair aquilo que pode nos ser útil. Somos cocriadores da vida, da matéria! Quando realmente desejamos algo e quando isso ainda está de acordo com o merecimento, “as coisas acontecem”. Depois da casa que “veio”, teríamos o próximo passo que seria a reforma, em função de um arrendamento.
Material, pedreiro… Mais uma vez, chamei um conhecido para fazer um orçamento lhe dizendo e explicando os fatos, para mais uma vez notarmos a obra maior ao favor do bem. Me respondeu o pedreiro: Luciano estou com várias obras e nesse momento não estou precisando muito, pode me pagar como puder.
Imagine a nossa felicidade! Logo precisávamos dos móveis, do nada fui convidado para ir a um lugar por um amigo e lá a Sra. dona de uma fábrica de móveis, nos ofereceu todo o material para as salas, inclusive montando alguns móveis específicos para a transmissão, por exemplo.
Muitas outras fases passamos. Logo que pegamos as chaves, nosso grupo mediúnico, ainda com piso de cimento, já iniciou as atividades de auxílio e a espiritualidade estava em festa conosco, pois ali iniciavam as atividades, em alusão à primeira casa espírita do mundo, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec, em 1º de abril de 1858. No dia 4 de março de 2017 foi feita a inauguração oficial da Sociedade Catarinense de Estudos Espíritas de Florianópolis. Já estávamos trabalhando nos meados de 2016.
Também pensamos: vai demorar um tempo para termos voluntários e participantes! Não, isso também não aconteceu. Logo foram estruturados os departamentos de acordo com as recomendações da FEB e, claro, adaptados à nossa realidade e experiência próprias. E cada um que veio como mais um coração, logo de nossa casa, adicionando para que tudo aconteça.
Com o auxílio da tecnologia, desde o início chegávamos mais longe do que simples quatro paredes. Hoje, em 2021, mesmo com a pandemia, estamos com mais de 400 alunos e muitos voluntários levando a doutrina espírita para o Brasil e o Mundo.
Notamos como aquilo que estudamos, aquilo que acreditamos, direcionados à ação, ao movimento que é um sinônimo do verdadeiro Espiritismo, sendo correto, forte mais ao mesmo tempo carinhoso, alcançamos tudo aquilo que é preciso para sermos pessoas melhores, para sermos formadores de opinião e em conjunto uma gotinha nesse oceano que precisa e irá evoluir!
Continuemos amigos tendo Fé na vida e certeza de que tudo o que é nosso, será nosso!
Muitas vezes, precisamos e devemos apagar a nossa luz para acender as luzes daqueles que estão à nossa volta. Sabendo que hoje podes estar ajudando e amanhã poderá precisar de ajuda. Com esses pensamentos, logo na fundação da SCEE, criamos três palavras como se fossem “pilares” para quem estivesse chegando: Amor, Respeito e Estudo.
As pessoas que chegam à casa espírita normalmente estão em condições muito difíceis, e a primeira recepção é a diferença entre ter uma oportunidade de ajudar ou a perder, por isso investimos muito nessa formação. Penso que de forma alguma poderemos ser o motivo de alguém que vem até a casa espírita, perder a oportunidade de ser ajudado. Seria desviar muitas vezes o que a espiritualidade vem preparando desde muito tempo. Já pensou nisso como voluntário?
Continuamos estudando, trabalhando e, principalmente, abraçando a todos, sem distinção, como o Amigo Jesus exemplificou na parábola dos talentos. Certos de que colhemos aquilo que plantamos, só temos gratidão à equipe espiritual que muito antes já tinha tudo isso programado, aos voluntários e à Luz Maior do Universo.
Tenhamos sempre muita paz e muita luz em nossos caminhos!
Luciano Pudell Wagner – 05.03.2021